quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Sobre a polícia

Um surfista foi morto após receber três tiros de um policial. Não foi o surfista que morreu, foi um cidadão. Mais um para as estatísticas. Infelizmente um caso como esse não é o primeiro. Basta abrir qualquer rede social que você encontra muito facilmente vídeos e relatos de abuso dos senhores de farda. A falta de preparo da polícia é gritante. Mas grave do que a falta de salários dignos, de condições adequadas de trabalho, de armamento adequado, de tecnologia de ponta é a falta de tato dos senhores policiais. Desde que eu comecei a trabalhar eu aprendi a driblar as limitações com talento e força de vontade, sobretudo, no que diz respeito ao trato com as pessoas. Nada explica o fato de quem é pago para servir acabar matando. NADA! É falta de preparo, de sensibilidade, de humanidade. Só mesmo um indivíduo muito estúpido reagiria à um policial armado. O fato de estar de frente de alguém munido de arma de fogo já é suficiente para coibir qualquer reação. A gente já faz isso com o ladrão todo dia. Eu quero policiais bem pagos na rua, sim! Quero que todos os trabalhadores do país tenham salários e condições de trabalho à altura das funções que exercem. Mas eu quero poder olhar para um policial e me sentir protegido. Quero olhar para um juiz e me sentir respeitado. Quero olhar para um desembargador e me sentir igual. É um direito meu. Quem vai me garantir isso quando eu sair na rua?


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